Formada em Ciências Biológicas, Jessica Colavite conquistou uma bolsa de estágio em Washington no National Museum of Natural History, Smithsonian Institution
Jessica Colavite é egressa do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Sagrado Coração (USC) e foi contemplada com uma Bolsa de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), para o Museu Nacional de História Natural, administrado pela Instituição Smithsoniana (National Museum of Natural History, Smithsonian Institution) em Washington DC, nos Estados Unidos, onde desenvolve parte de seu projeto de doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia), pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu, orientada pelo Prof. Dr. William Santana, que também atua como docente na USC.
Desenvolvido em parceria com a USC no Laboratório de Sistemática Zoológica, o projeto de Colavite consiste na revisão taxonômica de um gênero de caranguejos decoradores, ou seja, revisão de todo o histórico de classificações e nomenclatura pelos quais esses animais passaram desde quando foram descobertos. Também são observados os caracteres morfológicos e moleculares (DNA) e, com esses dados, construídas hipóteses evolutivas e de relacionamento entre as espécies.
O trabalho é considerado de fundamental importância para as pesquisas na área biológica. Isso porque o estudo é parte de um projeto maior - do qual o Prof. Dr. William Santana é coordenador - que visa mapear e conhecer a biodiversidade de caranguejos aranhas da fauna brasileira e relacionar essas informações com as faunas do Caribe, Golfo do México e Atlântico Norte, assim como o Pacífico Oriental. "Durante meu estágio, eu e minha coorientadora descobrimos duas novas espécies de caranguejos para o Pacífico. Esses estudos são fundamentais para a compreensão da biodiversidade da costa brasileira, bem como suas relações com a fauna do Caribe e do Golfo do México, pois só assim conseguiremos estabelecer medidas de proteção e preservação do meio ambiente, no caso à fauna bentônica", explicou.
A bióloga conta que os estudos com caranguejos começaram desde a graduação, com o projeto de Iniciação Científica desenvolvido no Laboratório de Sistemática Zoológica da USC, também com o Prof. Dr. William Santana. "A iniciação científica me abriu muitas portas para os passos que vieram a seguir, principalmente com relação a financiamentos para pesquisa. A USC sempre foi elogiada pela estrutura física nos meus relatórios científicos, o que sempre ajudou muito", ressaltou.
Para ela, o incentivo da USC no desenvolvimento de pesquisas permitiu que ela descobrisse e se interessasse em fazer ciência de qualidade. "É muito importante que os alunos conheçam e frequentem os laboratórios e descubram as diversas áreas de pesquisa que a Universidade pode oferecer. Acredito que ver a ciência acontecer dentro da USC foi essencial para a minha formação. O convívio com alunos de diversos níveis acadêmicos e professores de diversas áreas fez com que nos ajudássemos a descobrir o caminho das pedras e proveu várias discussões científicas interdisciplinares, essenciais para a pesquisa", disse.
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