Atividade preparou pizzas com a ajuda dos reeducandos e com os cogumelos colhidos no próprio CPP
No dia 01 de dezembro, o projeto de extensão “Cogumelo e Sociedade”, da Universidade do Sagrado Coração (USC), realizou a “Pizzada de Shiitake” no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) “Prof. Noé de Azevedo”, de Bauru. A atividade teve parceria com o curso de Gastronomia da instituição, que junto aos reeducandos, prepararam as pizzas com os cogumelos colhidos no próprio CPP.
O “Cogumelo e Sociedade”, coordenado pela Prof.ª Dra. Meire Andrade, tem como objetivo promover a integração entre os reeducandos do CPP, estudantes de graduação e pós-graduação e professores da USC. Para isso são realizados treinamentos técnicos (teórico-práticos) sobre cultivo de cogumelos aos reeducandos do CPP, por meio de palestras, demonstrações práticas, vídeos, dinâmicas de grupo etc. No local já foi instalado o sistema de produção do cogumelo Shiitake em toras, no qual também é realizado semanalmente o monitoramento do manejo da cultura. “O projeto, desta maneira, colabora com o ensinamento do manejo de uma cultura agrícola de alto valor econômico (cogumelo) como uma alternativa de geração de renda para os reeducandos do CPP, especialmente no período em que deixarem a instituição, favorecendo assim a inclusão social e uma fonte alternativa de renda”, diz a professora.
Para Alex dos Santos Souza, Diretor do CPP, o projeto tem grande valia para a unidade, inclusive aos reeducandos. “Esta integração com a sociedade é fundamental para o resgate e recuperação do individuo preso, pois a nossa meta é prepará-lo para que ele possa sair daqui melhor do que entrou”, ressalta.
Felipe de Oliveira Bezerra, de 26 anos, é um dos reeducandos e está muito contente com a integração que o projeto proporciona. “Para mim está sendo bem bacana poder aprender algo diferente, como o cultivo do cogumelo, juntos aos estudantes. É um aprendizado que vou levar para a vida”, disse.
O mesmo acontece com Roberto de oliveira Santos, de 34 anos , que pretende encarar o cultivo como uma nova profissão. “Faz mais de um mês que estou no projeto e já aprendi o processo de cultivo e estou muito feliz. Os alunos nos ensinam muito bem e penso até em me aperfeiçoar nisto mais para frente, virando uma profissão”, comenta.
A integração também faz bem aos estudantes, que podem aprender e compartilhar conhecimento, como é o caso de Francineide Moraes de Araújo, do curso de Engenharia Agronômica. “A Universidade está me mostrando essa possibilidade de integrar nosso conhecimento com a comunidade e, mais que isso, nós ensinamos e aprendemos com os reeducandos. É um compartilhamento de informações e ideias”.
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