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Audiodescrição e Legendagem em prol da acessibilidade e inclusão

Temas são frequentemente abordados e incentivados no UNISAGRADO. Conheça alguns projetos!



Larissa de Souza Nunes, estudante do curso de Letras - Português e Inglês, egressa do curso de Letras-Tradutor, trabalha com tradução audiovisual acessível e linguística, e conversou com a equipe de Comunicação sobre tradução audiovisual acessível e autismo. Larissa participa do projeto de extensão “Tradução e Acessibilidade no Audiovisual” e também realiza audiodescrições de obras estáticas para museus da cidade de Bauru, como a Pinacoteca Municipal de Bauru - Casa Ponce Paz e para curtas animados.

Ela conta que a audiodescrição (AD) consiste em transformar imagens em palavras, ou seja, é uma locução roteirizada que descreve pessoas, locais e objetos. Seu principal público são as pessoas com deficiência visual e baixa visão. Além do público com alguma perda visual, a audiodescrição auxilia também idosos com perda de memória, disléxicos e autistas no reconhecimento de lugares, objetos e fisionomia de pessoas.

A estudante também desenvolveu durante a Graduação, a qual concluiu em 2021, sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Leila Maria Gumushian Felipini, uma Iniciação Científica (IC) na área de audiodescrição (AD) relatando sua importância para pessoas inclusas no transtorno do espectro autista (TEA). A pesquisa teve o intuito de auxiliar a entender mais sobre a ferramenta e a sua real importância a fim de desenvolver de uma melhor forma trabalhos na área. "Com a pesquisa pude entender mais sobre a ferramenta e a sua real importância, assim quando fui para a disciplina de Prática da Tradução III – Audiovisual, pude trabalhar mais com ela e desenvolver de uma melhor maneira os trabalhos com audiodescrição", pontua. Conheça mais do projeto de IC de Larissa, que foi pioneiro na área, na matéria completa – clicando aqui!

Para ela, a importância de desenvolver estudos voltados à esta temática, é devido à promoção da acessibilidade. "Uma amiga minha disse em um evento no qual participamos, que a tradução é acessibilidade, pois sem ela não existiria a possibilidade de um produto audiovisual e até mesmo um texto chegar a diversas pessoas e, uma dessas ferramentas de auxílio na tradução é a audiodescrição, pois ela permite que pessoas que não podem ver, são disléxicos ou deficientes intelectuais possam apreciar a um filme com a mesma qualidade que quem vê. Sendo assim é importantíssimo difundir pesquisas deste tipo na área, pois ela mostram uma outra vertente da ferramenta para quem trabalha com ela", afirma.

Nunes acredita que a importância da pesquisa se também pelo fato de não existirem muitos estudos específicos na área, podendo assim, fomentar o interesse de pesquisadores no tema. “Quando se fala nela como ferramenta acessível fora do campo dos deficientes visuais, são raras as contribuições com pesquisas científicas. Por isso é preciso estimular mais os pesquisadores e profissionais da área a conhecer as vertentes “ocultas” sobre o tema”, destaca.

A egressa ressalta que o UNISAGRADO foi fundamental para que ela conseguisse desenvolver seu estudo, ressaltando o apoio da Instituição para pesquisas com foco na acessibilidade. “Sempre tive o foco na acessibilidade, o que só foi me permitido realizar no curso de Tradução, pois ingressei no UNISAGRADO, uma Instituição inclusiva que está sempre disposta junto comigo a embarcar em projetos sobre inclusão, os quais pretendo levar para a licenciatura em Letras que curso atualmente e para o futuro”, finaliza.

Participação em Podcast

Larissa participou do episódio 5 do programa “Pensar Inclusivo” no YouTube, que promoveu um debate sobre a audiodescrição como apoio à comunicação com pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Os programas foram apresentados por Fabrício Branchini Beltramini e Mari Sabino, com a participação de Patrícia Tessari. Assista aqui na íntegra!

Evento no UNISAGRADO

Em abril, foi promovido no UNISAGRADO o evento “Audiodescrição e Legendagem como recursos de acessibilidade”. A palestra foi realizada de forma híbrida com a presença das palestrantes Profª. Ana Julia Perrotti e Profª. Damiana Rosa, e com egressos membros do Grupo de Pesquisa Estudos da Tradução do UNISAGRADO (TRADUS) por meio de transmissão via Teams. Os estudantes dos cursos de Letras-Tradutor, Letras Português e Inglês, e de Psicologia que são membros do Projeto de Extensão Tradução e Acessibilidade no Audiovisual, participaram no anfiteatro E-2.

Com organização da Profª. Dra. Leila Maria Gumushian Felipini, o evento abordou diferentes usos de LSE e AD como recursos de acessibilidade. Foram apresentados exemplos de produtos que contam com esses recursos e alguns desafios enfrentados pelo tradutor foram discutidos, assim como formas de solucioná-los. A gravação da palestra está disponível na seção "Indicações" de conteúdo no site do Grupo de Pesquisa Estudos da Tradução. Nesta mesma seção, é possível encontrar uma variedade de outros recursos que tratam da temática da Tradução e da Acessibilidade.  

A Profª. Dra. Leila Felipini, também conversou com a Comunicação do UNISAGRADO e ressaltou o artigo 8º da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, de 6 de julho de 2015 (BRASIL, 2015), que diz: “é dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos seus direitos, entre eles dos direitos referentes à educação, à acessibilidade, à cultura, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos.”

Sendo assim, a docente destaca que “as modalidades da tradução audiovisual da "Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE)" e da "Audiodescrição (AD)" são recursos que podem contribuir para assegurar tais direitos. Assim, é de grande importância tratarmos desse assunto com nossos estudantes”, finaliza Felipini.


Link deste artigo: https://unisagrado.edu.br/site/conteudo/12608-audiodescricao-e-legendagem-em-prol-da-acess.html?p=11129
Tags: UNISAGRADO, Audiodescrição, Legendagem, Inclusão, Acessibilidade


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