A estudante do curso de Artes Cênicas da Universidade do Sagrado Coração (USC), Mariana Maciel Boico, foi selecionada em abril para estagiar no programa de Qualificação em Artes 2019 – Teatro e Dança, que faz parte das “Oficinas Culturais” da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e é administrado pela organização social POIESIS – Instituto de Apoio à Cultura, à Língua e à Literatura.

O programa tem o objetivo de transmitir orientação artística a grupos, companhias ou coletivos de teatro e de dança no interior, litoral e região metropolitana de São Paulo, exceto capital, a fim de incentivar a produção cultural local. Além disso, proporciona a divulgação dos espetáculos através de festivais, mostras de artes e demais eventos culturais.

O processo seletivo ocorreu em três etapas, que constituíam a análise da ficha de inscrição, entrevista presencial com a curadoria e, dinâmica de grupo e entrega de documentos. Foram 124 inscrições, sendo 15 estagiários selecionados, incluindo Boico, que ao longo o ano de 2019 desenvolverão atividades como: estudos teórticos-práticos em temáticas de corpo/voz, improvisação, história da arte/teatro e direção/dramaturgia; auxiliar na criação do espetáculo; participarão de reuniões mensais; dentre outras. “No estágio, orientamos o grupo selecionado previamente pela curadoria, de 15 em 15 dias, na sua cidade e no seu local de ensaio. E, uma vez por mês, participamos de uma reunião em São Paulo ou Campinas para recebermos orientação dos responsáveis pelo Programa, no qual acontece uma troca de conhecimentos, dando suporte aos estagiários/orientadores para que possam ir ao grupo e trabalhar nas suas especificidades com domínio” explica a estudante.

Boico, acredita no potencial que o programa possui, uma vez que, proporciona a formação de grupos e público teatral, ajudando a difundir a arte independente no interior e, reconhece a contribuição das vivências e aprendizados obtidos no curso de graduação. “Foi no curso de Artes Cênicas da USC que consegui ter base pedagógica para poder levar a esses grupos. Comecei a trabalhar com teatro em 2012 e já tinha alguma experiência quando ingressei no curso, porém, foi nele que tive um aporte teórico e mais concreto para orientar. Ao longo desses quatro anos de graduação, aprendi além de atuar, transmitir toda a experiência prática para o outro, como conduzir uma aula e, como trabalhar pedagogicamente com pessoas diversas. No grupo que oriento “Cia. Presença”, na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, por exemplo, há três pessoas com Síndrome de Asperger – que é um transtorno de desenvolvimento – e foi na universidade que tive contato com materiais que me auxiliaram”, ressaltou.