Racismo, colorismo e invisibilidade histórica foram os principais tópicos da palestra ministrada pela doutora em história social, Carla Lisboa Porto
No dia 21 de novembro, o curso de História da Universidade do Sagrado Coração (USC) realizou o “Consciência Negra”, evento interno que debate sobre a história de negros e afrodescendentes no Brasil. Em sua 6ª edição, a conferência contou com participação dos cursos de Pedagogia e Letras e refletiu os diferentes cenários de discriminação racial.
Na palestra “Gentes de cor: reflexões sobre identidade, racismo, colorismo e (in)visibilidade histórica”, ministrada pela Prof.ª Dra. Carla Lisboa Porto, foram analisados elementos de códigos, práticas e discursos históricos do processo escravista que ainda podem ser percebidos na contemporaneidade, como em crenças e manifestações culturais. A proposta do tema teve como base a visão de que os negros se tratavam de povos sem passado, cultura, civilidade e, até mesmo, desprovidos de humanidade, refletindo sobre o passado e a relação de tais pensamentos com os dias de hoje.
O coordenador do curso de História, Prof. M.e Roger Gomes, explica a importância de fazer reflexões sobre a discriminação racial. “Numa perspectiva histórica, podemos dizer que os povos do continente africano têm sido representados como ‘coadjuvantes’ da história do Brasil, ou então, no contexto do processo escravista implementado pelos países colonizadores europeus. Pensando nisso, além de levantarmos questões sobre a discriminação racial, falamos das lutas, crenças e culturas desses povos que foram visto, por muito tempo, como sem passado e civilidade, e estabelecemos uma relação entre o passado e o presente, possibilitando, assim, um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional”, ressalta.
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