A proposta de reconstruir o estádio com novas tecnologias e criar um espaço de integração é fruto do Trabalho de Conclusão de Curso do arquiteto João Paulo Lourenço Alves Vieira da Cunha
Formado em 2016 no curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade do Sagrado Coração (USC), João Paulo Lourenço Alves Vieira da Cunha fez seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) valer a pena, rendendo comentários positivos entre os apaixonados em futebol, arquitetura e pela história de Bauru. Trata-se de um projeto de revitalização do Complexo Esportivo do Esporte Clube Noroeste, com foco no estádio do Alfredo de Castilho, desenvolvido com o objetivo de criar um ambiente dinâmico, movimentado, seguro e potencializado, integrando elementos sociais a suportes econômicos para resgatar e desenvolver a história do clube e proporcionar mudanças não apenas a região onde o estádio está localizado, mas também em toda a cidade.
A ideia do projeto surgiu ao longo da graduação com a aproximação a determinadas áreas da arquitetura, em especial, a área de interação com o público e a organização urbanística. Contudo, o que o motivou a elaborar o projeto foi sua paixão pelo esporte e a maneira na qual as pessoas se identificam, interagem e modificam suas vidas através dele. “Tenho grande admiração pela história e estádios ingleses e toda ideia do novo estádio tem como parâmetro esses grandes centros esportivos. A cidade bauruense e suas atividades também motivaram a desenvolver esse trabalho, já que precisamos de qualidade no setor esportivo e na área de lazer para promover qualidade e dinâmica para todos”, explica.
O Arquiteto conta que o projeto preza, em primeiro plano, a qualidade de vida dos cidadãos, com programas ligados a sustentabilidade e prática de esportes. “Dentre todas as ideias e elementos existentes no projeto, como a alta presença de vegetação, bancos e áreas de integração entre as pessoas, o novo estádio tem como objetivo apresentar uma boa segurança, um bom conforto e suprir necessidades gerais dos usuários, mesmo possuindo uma escala pequena em relação aos grandes estádios”, comenta.
Desenvolvimento do Projeto
O projeto apresenta um espaço de circulação extenso do conjunto esportivo, projetado de acordo com normas da FIFA, a fim de proporcionar um espaço confortável e seguro para os torcedores nas bilheterias, na entrada do estádio pelas catracas e para facilitar o controle de possíveis discussões. “O amplo espaço, em dias e horários que não estejam ocorrendo jogos, pode sediar feiras ao ar livre, exposições variadas e pequenos shows e entretenimentos”, completa Cunha.
Na criação de elementos físicos na área, tornou-se possível destacar a acessibilidade por meio de rampas, escadas e até mesmo elevadores, por conta dos diferentes níveis do solo. A valorização da entrada principal do estádio pode ser vista como um monumento devido à sua importância histórica, disponibilizando que os visitantes tirem fotos e tenham fácil acesso ao bosque dos eucaliptos, o centro recreativo e o museu do futebol bauruense.
Devido à preocupação com o conforto dos visitantes, áreas com grupos de vegetação de grande porte foram desenvolvidas, e foram elaborados espaços harmoniosos com espelhos d’água, jardins e áreas para descanso, elaborando um espaço de intervenção qualificado e potencializado.
Para o setor de alimentação, foi projetada uma área de food-truck, com funcionamento em qualquer horário do dia e suporte a datas de jogos, tanto no Estádio Panela de Pressão quanto no Estádio Alfredo de Castilho, tendo em vista que muitas pessoas permanecem do lado de fora dos estádios conversando antes e depois dos jogos.
Repercussão e resultados satisfatórios!
A repercussão do trabalho, além de ter sido positiva, contou com o apoio e orientação da Prof.ª Lilian Nakashima tanto para a realização do projeto quanto para sua divulgação, que resultou na criação da empresa na qual João Paulo é proprietário. “A Lilian deu a ideia de criar um vídeo rápido e eu não fazia ideia de como fazer isso. Fui atrás e aprendi. E foi a repercussão desse vídeo que me motivou a logo depois criar uma empresa de visualização arquitetônica chamada D3D DETALHES EM 3D, onde hoje realizo diversos projetos de visualização para outros arquitetos, engenheiros, construtoras e imobiliárias”, disse.
Junto à aprendizagem e o incentivo dos professores da USC, o arquiteto recorda momentos vividos na Universidade com carinho e gratidão. “O dia da apresentação do meu TCC foi um dia que não esquecerei. Todos os envolvidos na banca, com suas observações, acrescentaram grandes pontos e acredito que me fizeram crescer e aprender ainda mais. Sou grato por essa experiência. Acredito, observando o dia a dia na empresa, que cada ensinamento, tanto na USC, quanto no Colégio São Francisco de Assis, colégio da rede que estudei do começo ao fim antes de entrar na USC, me possibilitou compreender melhor meus clientes, interagir de forma positiva às críticas, opiniões adversas e também com as experiências consigo ter um melhor aproveitamento e qualidade em determinados trabalhos”, concluiu.
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