Com palestras e minicursos, o dia 18 recebeu autoridades da educação internacional como o Prof. Dr. Antônio César Russi Callegari, o Prof. Dr. Mozart de Melo Alves Junior e o Prof. Dr. José Pachedo, dentre outros
A Universidade do Sagrado Coração (USC) e a Sagrado – Rede de Educação realizaram o segundo dia do 6º Simpósio Internacional de Linguagens Educativas (SILE) na sexta-feira (18). Com a temática “Diálogos sobre o Cotidiano Escolar – Teoria e Prática na Perspectiva da BNCC”, o evento contou com palestras que abordaram a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as tecnologias e as possibilidades de ensino aprendizagem em sala de aula, assim como 12 minicursos com temáticas diversas.
No período da manhã, a abertura recebeu a Banda Marcial e o Corpo Coreográfico do Colégio São Francisco de Assis para uma apresentação cultural. Na palestra “Os desafios de uma educação inovadora a partir da BNCC”, o Prof. Dr. Antônio César Russi Callegari, que é membro do Conselho Nacional de Educação, presidente da Comissão da BNCC neste mesmo conselho e presidente do Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada (IBSA), enfocou a BNCC enquanto diretriz normativa estabelecida como norma nacional, por isso obrigatória, que define os direitos e os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, para que alunos possam ter elementos fundamentais para o exercício da cidadania e iniciação profissional. Dada a importância do tema, Callegari enfatiza que todos os professores que se relacionam atuando ou formando outros professores têm o dever de conhecer de maneira crítica e criativa a BNCC. “Muito do que está na BNCC é a expressão do que já vem sendo realizado nas melhores salas de aula do país. Ela prevê autonomia das unidades escolares e, neste sentido, temos que colocar esta autonomia enquanto berço do processo criativo que fundamenta a educação”, propôs.
No período da tarde, minicursos com temáticas diversas abordaram os Diálogos sobre o ensino da Matemática na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental: Teoria e prática na perspectiva da BNCC; Diálogos sobre o ensino da Matemática nas séries finais do Ensino Fundamental e Médio: Teoria e prática na perspectiva da BNCC; Dialogando sobre Formação de Professores: identificação e avaliação de estudantes precoces e superdotados; O Teatro como uma Metodologia Ativa: o aluno-protagonista; A dança na educação infantil; Jogos teatrais para a sala de aula; Utilização do GeoGebra em aulas de Matemática na Educação Básica; Alfabetização na Base Nacional Comum Curricular: uma análise histórico-crítica; Dialogando sobre educação musical: recursos e estratégias; Vamos desenhar na Educação Básica: desconstruindo o “eu não sei desenhar” de professores e alunos e Diálogos sobre o ensino das Ciências da Natureza: Teoria e prática na perspectiva da BNCC.
Na primeira palestra da noite “O mundo possível passa pela sala de aula”, o Prof. Dr. José Pacheco enfatizou a importância do diálogo em sala de aula e a construção do ensino-aprendizagem com o aluno e não para o aluno. “Assim, nós não criamos dependência, mas autonomia”. Ao abordar a aprendizagem significativa, o professor defende que ela é a matriz fundamental da aprendizagem. “A escola se faz com pessoas, profissionais competentes. Ou não há vínculo, ou não há aprendizagem. O professor precisa criar vínculo, porque escolas são pessoas e pessoas são valores”, disse.
O Prof. Dr. Mozart de Melo Alves Junior, na palestra “O uso das tecnologias na sala de aula: novo perfil de professores diante de uma geração de alunos conectados”, enfatizou o avanço da tecnologia nas profissões, na escrita, na forma de comunicação e na educação, nesta última em tom de crítica. Para ele há uma constante indagação sobre a contramão que a educação se encontra face à tecnologia. “As profissões avançaram, mas por que a educação não muda? Se a informação pelo celular é muito rápida, por que eu não utilizo essa rapidez para otimizar as minhas aulas? Interatividade é possibilidade de comunicação, troca de experiência. Precisamos instigar a criatividade e a educação precisa se adaptar a essa nova realidade. Pequenas atitudes na forma de educar fazem grandes mudanças na educação”, concluiu.
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