De acordo com o artigo de Hermann G. Schatzmayr, chefe do Departamento de Virologia, do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz, os vírus emergentes são aqueles que causam novas doenças na população humana, e sua existência se dá a partir do surgimento de um novo vírus ou pela evolução de um vírus preexistente - por meio da introdução de um vírus já estabelecido em uma espécie para uma nova espécie (transposição da barreira de espécie). E a disseminação do mesmo ocorre a partir de uma pequena população humana ou animal, onde este surgiu ou onde foi originalmente introduzido (Schatzmayr, 2001).

Ainda de acordo com o artigo acima, em sua maioria, esses micro-organismos causam viroses que, em sua maioria, são desencadeados por atividades humanas, as quais modificam o meio ambiente, em especial pela pressão demográfica (Schatzmayr, 2001).

O mais recente vírus respiratório emergente que causou uma pandemia global foi o SARS-CoV-2, que foi descoberto em Wuhan, na China. Dado a sua tamanha proporção em que se instaurou no planeta, o popularmente denominado Coronavírus, forçou um isolamento social, para evitar ainda mais a proliferação do vírus.

Sendo assim, o processo de isolamento fez com que os profissionais e estudantes das áreas científicas se reinventassem, buscando métodos de estudo, e visando estabelecer uma forma nova forma de trabalho, como exemplifica a docente do curso de Ciências Biológicas, Profª Drª Rita Luiza Peruquetti: “Com o isolamento social causado pelo enfrentamento à pandemia da Covid-19, foi preciso estudar ainda mais, visando a adaptação de suas atividades profissionais futuras, para se manter competitivo no mercado de trabalho, que, irá receber, brevemente, os profissionais que foram capacitados neste período. Entender as novas tendências e dinâmica do mercado é essencial para o sucesso profissional”.

A docente complementa com as formas que os estudantes têm para se manterem atualizados mesmo em um cenário pandêmico. “É imprescindível que profissionais e estudantes mantenham seu intercâmbio acadêmico/científico com outros profissionais da área, seja realizando atividades acadêmicas regulares, seja participando de atividades extracurriculares (visitas técnicas, eventos científicos, projetos de extensão, etc.)”.

Sobre o evento

Nos dias 23 e 24 de setembro, o UNISAGRADO promoveu a II Jornada de Biologia, com o intuito de mostrar as diferentes nuances de atuação do Biólogo que, mesmo durante o período de isolamento social, continuou se reinventando e desenvolvendo suas atividades, superando os desafios e encontrando um novo estímulo para o constante aperfeiçoamento, seja trabalhando no desenvolvimento de ações ligadas diretamente ao combate da pandemia, ou nas mais diversas áreas de atuação da profissão.

Segundo Peruquetti, eventos como a jornada enriquecem o currículo do estudante, lhe dando conhecimento para oportunidade de inserção no mercado de trabalho. “É uma forma de ficar atento ao mercado e saber que a vida prossegue, mesmo em meio à pandemia. Os estudantes percebem que precisam continuar atentos ao seu processo de formação, pois precisam estar preparados para ingresso no mercado de trabalho, que vai ocorrer no tempo previsto, pois em nenhum momento tivemos suspensão de aulas em nossa instituição”, conclui.

No evento, os graduandos tiveram acesso as mais distintas formas de compartilhar o conhecimento adquirido na área científica de profissionais e especialistas de diferentes áreas de atuação, “a vivência e conhecimento científico-acadêmico, é um fator determinante para a escolha da área futura de atuação para cada um dos participantes. Tenho certeza de que os estudantes que participaram nos dois dias vislumbraram novos horizontes, dentro da profissão que escolheram: a Biologia”, finaliza a docente.

Confira os estudantes premiados

Laís Colombo da Silva - Apresentação do trabalho “Estequiometria de microalgas no tratamento de efluentes”.

Charleston Andrade Cordeiro - Ganhador do concurso de fotografia da II Jornada de Biologia.