A egressa do curso de Publicidade e Propaganda do UNISAGRADO, Carla Negrim.

Ingressando no Mestrado Acadêmico no Programa de Pós-Graduação da UNESP em Comunicação no ano de 2019, e defendendo o mestrado em agosto de 2021, a egressa do curso de Publicidade e Propaganda do UNISAGRADO, Carla Negrim Fernandes de Paiva, realizou pesquisa intitulada “A importância da Comunicação para a mobilização social: um estudo sobre as estratégias de comunicação digital no Facebook e site institucional da ONU Brasil sobre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, com o objetivo de analisar as plataformas digitais da organização e a participação popular acerca da mobilização sobre o tema.

A Agenda 2030 é um compromisso global que foi assumido por 193 países, incluindo o Brasil, em 2015. Sendo coordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU), propõe ações que governo, instituições, empresas e a sociedade como um todo precisam realizar para buscar a prosperidade e fortalecer a paz universal. O plano conta com 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas, para erradicar a pobreza e promover vida digna para todos, dentro dos limites do planeta.

A egressa conta como surgiu a escolha do tema, “é também a área de pesquisa da minha orientadora, então passamos a procurar um objeto relevante para estudar através do viés da comunicação. Percebemos que a Agenda 2030 passou a ser muito discutida em diversos ambientes, então decidimos ser necessário esse estudo sobre a comunicação da Agenda e os ODS”.

Segundo Paiva, a análise a fundo das plataformas torna-se importante por conta da urgência estabelecida pela Agenda, sendo necessário entender como a organização em torno do projeto, envolvendo governo, empresas e universidades, tem tratado o tema, e quais esforços estão sendo realizados para atingir os ODS, principalmente por conta de questões sociais e econômicas, que afetam a sociedade diariamente.

Mais sobre o projeto de Mestrado

Através dos dados obtidos com a pesquisa, a estudante concluiu que não é possível garantir uma mobilização do público ativo das plataformas digitais da ONU, por conta do caráter não colaborativo empregado na comunicação e nos ambientes digitais que foram analisados. “Seria importante essa mobilização, pois a própria organização propôs na criação da Agenda que fosse um plano colaborativo, com envolvimento total dos atores sociais para que os ODS possam ser atingidos, mas não coloca em prática essa postura no meio digital. Portanto, seria benéfico colocar em prática a mobilização para que justamente a sociedade como um todo entenda a importância e urgência dessa Agenda e dos ODS e para que possa passar a discutir um assunto público como esse, que afeta diretamente a vida de todos”, complementa Paiva.

A egressa salienta que esperava da ONU uma comunicação mais organizada, abrangendo questões de participação e de mobilização, sendo grave que o tema não seja tratado publicamente com o impacto necessário e oferecendo a possibilidade de participação em um assunto público. “Essa postura pode afetar o cumprimento dos dezessete ODS, que já vêm sofrendo com as crises enfrentadas pelo país. O cumprimento da Agenda é um processo que vai sendo alcançado em conjunto com os esforços da sociedade, portanto evoluímos em vários âmbitos em busca dos objetivos. Ou seja, o papel da Agenda 2030 é a superação de diversos problemas e, sem a devida importância, em 2030 ainda não apresentaremos as métricas ideais que representam um país melhor em questões sociais, econômicas e políticas”, finaliza.