Superdotação, genialidade e feminismo, além do uso de tecnologias na Educação Especial, foram temas do objeto de pesquisa das estudantes
À esquerda, Beatriz Ribeiro Peixoto, e à direita, Graziele Costa Viana, egressas do curso de Pedagogia
As egressas do curso de Pedagogia, Beatriz Ribeiro Peixoto e Graziele Costa Viana, a partir da orientação da docente do curso e coautora das pesquisas, Prof. Dra. Ketilin Mayra Pedro, publicaram, cada uma, um capítulo em livros da área de Educação, baseado nos estudos realizados durante a Graduação, em seus projetos de Iniciação Científica. Beatriz estudou a “Superdotação e genialidade: Uma análise da biografia de grandes mulheres”. Já Graziele abordou sobre “Tecnologias na Educação Especial: recursos digitais para acessibilidade e o processo de ensino-aprendizagem”.
Beatriz, teve o estudo “Superdotação e genialidade: Uma análise da biografia de grandes mulheres”, publicado em um capítulo no livro “Educação: dilemas contemporâneos: Volume VI”, e conta que a ideia de estudar o tema da superdotação adulta em um projeto científico, surgiu de seu interesse pelo assunto que existia desde o início da Graduação, e também pela falta de estudos na área.” É muito importante estudar a temática, pois, infelizmente, é uma área esquecida no Brasil. Inúmeros talentos são perdidos diariamente por falta de incentivo e investimento. Além do desconhecimento do assunto pela maioria das pessoas. Acredito que com pesquisas na área, o conhecimento chega à população e torna uma pauta mais relevante”, afirma a egressa.
A pesquisa da pedagoga focou seu objeto de estudo em personalidades femininas de grande relevância na História, e concluiu que há uma diferença no diagnóstico entre homens e mulheres. “É triste, mas a quantidade de mulheres identificadas como superdotadas é muito inferior à de homens. Acredito que só conseguiremos uma equidade de gênero, quando todos serem valorizados do mesmo modo. Com pesquisas na área incentivaremos as meninas a se reconhecerem e perceberem a superdotação”, pontua Peixoto.
Para a orientadora e coautora da pesquisa, Prof.ª Dra. Ketilin Mayra Pedro, “é importante compreender as relações e as diferenças entre a superdotação e a genialidade, para uma melhor compreensão a respeito dos indivíduos que apresentam desempenho notável em diferentes área do conhecimento. Sendo assim, é apresentado no capítulo o fenômeno da superdotação e suas principais características, fazendo aproximações do tema com a vida e obra de grandes mulheres que deixaram contribuições significativas para a sociedade”.
A docente reforça que geralmente a superdotação é identificada mais em indivíduos do sexo masculino, e que, a literatura aponta que isto ocorre por questões sexistas que impedem o reconhecimento do potencial em mulheres. “Por isso, discutir a superdotação de modo equitativo em ambientes escolares e na sociedade em geral se faz importante para que possamos valorizar o potencial de todos os indivíduos, evidenciado que as mulheres podem atuar em diferente áreas e dar contribuições significativas para a sociedade”, pontua a professora.
A também egressa do curso de Pedagogia, Graziele Costa Viana, que estudou “Tecnologias na Educação Especial: recursos digitais para acessibilidade e o processo de ensino-aprendizagem”, destaca que as tecnologias digitais são fundamentais para a Educação Especial, principalmente por promover um estudo diferenciado à cada indivíduo, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem, por meio de novos recursos, oportunidades e possibilidades, por meio dos recursos disponíveis.
O estudo foi publicado no livro “Ensino Híbrido: Estratégias Orientadas para Aprendizagem”. “Eu sempre tive interesse na educação especial, mais especificamente sobre a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), então em conversa com a minha orientadora Prof. Dra. Ketilin, surgiu a ideia de juntar este interesse com minha experiência na área da tecnologia. A falta de pesquisas na área também foi levada em consideração na hora de escolher o tema", afirma Graziele.
A pesquisadora acredita que o estudo pode contribuir para a descoberta de novos recursos para o público-alvo da educação especial, e também alertar sobre a necessidade de novas pesquisas e recursos na área, visto que, de acordo com a mesma, o número de pesquisas abordando tecnologias digitais para a Educação Especial ainda é baixo. “Infelizmente a disponibilidade ainda é baixa levando em conta o quanto ela é importante. Ainda é observado falta de acesso a muitos recursos, seja por falta de verbas, profissionais qualificados ou políticas públicas que deveriam auxiliar os profissionais da educação. Também é preciso debater sobre a capacitação dos professores, o aumento de pesquisas na área iria auxiliar na visibilidade das tecnologias digitais e assistivas e ajudar no aumento de sua disponibilidade”, destaca a egressa.
A orientadora Prof. Dra. Ketilin Mayra Pedro, reforça que as tecnologias digitais e assistivas na Educação Especial são de grande auxílio no desenvolvimento e aprendizagem do indivíduo, pois os recursos pedagógicos promovem a acessibilidade para estudantes que apresentam deficiência ou outras necessidades específicas de ensino. “Por isso, investigar cientificamente temas que estão na mídia e na sociedade é muito importante, para que possamos produzir evidências científicas sobre as fatos e contribuir com o avanço da área”, finaliza.
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