Aléxia de Oliveira e Letícia Salzedas tiveram seus projetos sob orientação do Prof. Dr. Luiz Antônio Lourencetti aprovados pela fundação
Da direita para a esquerda, Aléxia Rino Ferraz de Oliveira e Letícia Ayumi Souza Salzedas.
As estudantes do curso de Psicologia do UNISAGRADO Aléxia Rino Ferraz de Oliveira e Letícia Ayumi Souza Salzedas foram contempladas com a bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) para Iniciação Científica. A pesquisa de Oliveira irá abordar o estresse causado pelo uso da tecnologia, já a de Salzedas discorrerá sobre a representatividade de gênero dos personagens do jogo online Overwatch.
Para as estudantes, o apoio e incentivo recebido dos professores foram muito importantes para a conquista da bolsa da FAPESP, assim como suas vivências na Instituição. "O UNISAGRADO incentiva muito a participação dos estudantes em pesquisas científicas, é algo que sempre falo para as pessoas e faz eu me orgulhar de fazer parte dessa Instituição de ensino. Além dos professores que com certeza contribuíram para eu seguir nesse caminho, as matérias da minha graduação e os eventos realizados, como a Mostra de Psicologia e os Projetos de Extensão, me incentivaram muito a realizar esse estudo.", declara Salzedas. "Os professores têm muito conhecimento e disposição, então me ajudaram muito na trajetória, são verdadeiros companheiros!" ressalta Oliveira.
A equipe de comunicação conversou com as estudantes sobre a conquista da bolsa da FAPESP. Confira como foi o bate-papo:
UNISAGRADO: Como surgiu o interesse em desenvolver um projeto de Iniciação Científica?
Aléxia: Sou apaixonada por pesquisa, por todo o conhecimento e experiência que ela proporciona, eu tenho sede de conhecimento e de compartilhá-lo com as pessoas. No ensino médio meu professor de educação física foi prestar ENEM comigo, e quando perguntei o porquê, ele me explicou sobre as pesquisas dentro das universidades, e desde então entendi que tinha me encontrado! É na pesquisa que eu descubro mundo, vejo possibilidade de ajudar as pessoas com o conhecimento e vejo a escrita como uma expressão artística que ao mesmo tempo eu busco fazer de forma muito simples para que possa ser acessível.
Letícia: Eu me interessei ao ter aula de Métodos e Técnicas de Pesquisa em Psicologia com o professor e meu atual orientador Dr. Luiz Antonio Lourencetti, por ele ter passado por essas experiências de trabalhar na área acadêmica e falar com gosto de como era o processo, eu achei incrível e comecei a querer ter também essa experiência.
UNISAGRADO: Qual o tema tratado em sua pesquisa?
Aléxia: O estresse que sentimos pelo uso da tecnologia tem algumas particularidades e foi denominado Technostress, sendo assim, quero saber a partir de uma amostra de estudantes: como eles utilizam as tecnologias e redes sociais; como a forma de usar contribui para ter um nível maior ou menor de tecnostress; como a tecnologia vai influenciar de forma biológica, comportamental e social; entender como eles lidam com o estresse causado pela tecnologia; ver como algumas mudanças pessoais e ações proporcionadas pelas universidades podem ajudar os estudantes a diminuir o Technostress.
Letícia: O estudo tem como finalidade a análise da representatividade de gênero dos personagens do jogo online Overwatch. É comum observar que os jogos digitais apresentam representações estereotipadas de mulheres e pessoas LGBTQ+, isso em função de a indústria de jogos ter como público-alvo homens héteros, grupo que no passado se formou como seu maior consumidor. Porém, este cenário tem se modificado, as mulheres vêm conquistando cada vez mais seu espaço no mundo gamer juntamente com o público LGBTQ+, não só como jogadores, mas também como produtores de conhecimento sobre o tema jogos, em plataformas como o Youtube, Stream, blogs, entre outras plataformas sociais. Nesse sentido, esta proposta tem como objetivo analisar a percepção dos usuários do jogo Overwatch sobre a representatividade de gênero apresentada na construção dos personagens do jogo e os possíveis efeitos que as características dos personagens têm sobre os jogadores.
UNISAGRADO: Qual foi a inspiração para a escolha do tema da sua pesquisa?
Aléxia: A vontade de melhorar as estruturas das universidades, levar saúde mental e qualidade de vida para os universitários, e isso inclui todos que permeiam esse contexto, penso que o conhecimento não precisa estar associado ao cansaço e desprazer. E, ao mesmo tempo, observo que a nossa geração ainda está encontrando o passo para o uso da tecnologia, como aproveitar ela da melhor forma, mas sem deixar de ter saúde mental.
Letícia: Um dia estava jogando Overwatch e comecei a ter reflexões de como a representação dos personagens me incentivavam a querer jogar mais, a complexidade da construção deles e toda a história que envolvia faziam eu me apaixonar cada vez mais por eles. Além disso, o tema da representatividade de gênero é algo que faz parte da minha vida, gosto muito de estudar esse assunto e de me envolver em projetos desse tema. Portanto consegui juntar essas temáticas que gosto tanto em uma pesquisa inovadora, que é pouco estudado atualmente.
UNISAGRADO: O que a conquista da bolsa significa para você?
Aléxia: Foi uma honra! Ser reconhecida por algo que eu amo fazer, não tem preço. Ao mesmo tempo, também, vai me ajudar a investir na pesquisa, com cursos e divulgação, porque quero levar conhecimento para as pessoas!
Letícia: A conquista da bolsa é algo gigantesco para mim, principalmente, por estarmos passando por uma pandemia, em que muitas pessoas estão sofrendo financeiramente, é muito gratificante ser reconhecida pelo meu trabalho que me esforcei tanto para realizar. Por eu querer seguir a área acadêmica, a conquista da bolsa abre muitas portas para mim e me incentiva a seguir esse caminho. Agora conseguirei fazer cursos e participar de Congressos que me auxiliarão nesse processo, que antes não era possível pelo estado financeiro atual, com essa oportunidade conseguirei abranger meus estudos e minha atuação na área.
UNISAGRADO: Quais são os planos para o futuro?
Aléxia: Eu quero continuar a fazer pesquisa com universitários e trabalhar dentro de universidade como Psicóloga Escolar para auxiliar nos ajustes dentro delas.
Letícia: Meus planos para o futuro são me formar em Psicologia e seguir a área acadêmica. Espero conseguir entrar em um mestrado e depois em um doutorado. Gostaria de seguir estudando e futuramente atuando profissionalmente na área da Psicologia Social, porém não gostaria de me limitar somente no contexto dos jogos, mas expandir com esse tema para áreas que ainda necessitam de atenção.
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