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Egressa de Arquitetura e Urbanismo propõe mudanças na Avenida Nuno de Assis com foco na caminhabilidade

Julia Cavalheiro Pinho analisou o local, identificou seus problemas e potencialidades e elaborou diretrizes projetuais focadas na caminhabilidade



A Arquiteta e Urbanista formada pelo UNISAGRADO, Julia Cavalheiro Pinho elaborou durante sua graduação um trabalho baseado no tema da caminhabilidade, estudo que analisa diversos quesitos que contribuem para a locomoção dos pedestres em espaços públicos, sob orientação da Prof.ª Ma. Érica Lemos Gulinelli. O local escolhido para a pesquisa foi a Avenida Nuno de Assis em Bauru – SP, por ser atualmente uma área inteiramente destinada aos veículos deixando de lado o pedestre.

Segundo Pinho, a cidade de Bauru apresenta problemas relacionados a mobilidade urbana: a frota de veículos segue um padrão de crescimento contínuo, enquanto o transporte público e a infraestrutura de mobilidades sustentáveis encontram-se estagnados, tornando-se insuficientes e não proporcionando a devida qualidade, segurança e conforto aos passageiros. A mesma condição é verificada nos espaços públicos que são deficientes em infraestrutura, conforto, acessibilidade, entre outros, que dificultam a mobilidade dos pedestres.

Sendo assim, a pesquisadora optou por analisar a Avenida Nuno de Assis compreendendo o espaço entre a Avenida Pedro de Toledo até a Rodovia Marechal Rondon local que se caracteriza por ser um corredor de comércio, com grandes faixas de rolamento, poucas travessias, calçadas sem devida infraestrutura, ocasionando problemas de locomoção e segurança. "O objetivo do estudo é elaborar diretrizes projetuais a fim de proporcionar mais qualidade, segurança, acessibilidade e conforto para todos os que se deslocam, em especial os pedestres, buscando retomar a priorização do deslocamento a pé no planejamento das cidades e criando uma relação mais afetiva entre ela e seus habitantes, tornando o uso dos espaços públicos mais intenso e, consequentemente, proporcionando vitalidade aos mesmos", ressalta Pinho.

Fonte: Elaborado por Pinho (2020)

A pesquisa e os resultados

Pinho utilizou como metodologia a pesquisa bibliográfica focada na temática da mobilidade urbana sustentável e na importância de criar espaços públicos priorizando a escala humana. Assim como, realizou a pesquisa de campo com levantamento fotográfico e aplicação de métodos de estudo próprios de sua área avaliando cinco principais quesitos: segurança viária, atração, calçada, ambiente, mobilidade e segurança pública.

Fonte: Elaborado por Pinho (2020)

Ao avaliar as quadras iniciais da Avenida, a pesquisadora constatou a falta de pavimentação das calçadas, o que faz com que os pedestres tenham que caminhar junto aos veículos ou em cima do gramado, além disso, foi verificado em muitos trechos a ausência de rampas de acessibilidade e as que existem não estão de acordo com a NBR 9050, norma reguladora que define os aspectos de acessibilidade. Em relação ao ambiente, foi avaliado que o principal aspecto está relacionado à escassez de arborização, que está presente prioritariamente às margens do Rio Bauru. Além disso, a iluminação é feita por postes altos instalados no canteiro central, o que não proporciona iluminação adequada nas calçadas, favorecendo a violência no espaço público. 

Além destes, outros resultados foram obtidos, que convergem para a necessidade de valorizar a mobilidade a pé através de melhorias e adaptações que envolvem acessibilidade, lazer e sustentabilidade. "A intenção é chamar atenção dos órgãos públicos, para a importância de retomar o pedestre no planejamento urbano, além de também investir em transportes sustentáveis e coletivos, pois a adoção dos métodos ativos de locomoção provocam um impacto positivo na qualidade de vida das pessoas e no meio ambiente, colaborando para cidades cada vez mais humanas, acessíveis e sustentáveis", explica Pinho.

Propostas

 A partir dos estudos realizados foi possível propor soluções que configuram melhorias na infraestrutura das calçadas, como o seu alargamento, substituição do material por um drenante, criação de canteiros e plantio de árvores, inclusão de mobiliários urbanos, construção de mirante, instalação de postes de iluminação mais baixos e próximos às calçadas, sinalização para os pedestres, entre outros. Confira algumas das soluções elaboradas pela Arquiteta:


Corte esquemático


Fonte: Elaborado por Pinho (2020)

Deck/mirante

Fonte: Elaborado por Pinho (2020)

Mobiliários

Fonte: Elaborado por Pinho (2020)

Para dar visibilidade ao trabalho realizado e aos resultados obtidos, Pinho participou do IV Simpósio Brasileiro Online de Gestão Urbana apresentando sua pesquisada, além disso, o mesmo foi publicado no Periódico Técnico e Científico Cidades Verdes no v. 8, n. 21 (2020). Segundo a docente orientadora, "a participação em eventos científicos é importante e necessária, pois é o momento para divulgar os estudos e resultados de pesquisas, ampliar o repertorio por meio da discussão com os pares e buscar novos conhecimentos e tecnologias", ressalta Gulinelli. Entretanto, os planos de divulgação do projeto não param por aí, Pinho pretende continuar estudando o tema através de uma Pós-Graduação seguindo a mesma linha de pesquisa e, também, tem o objetivo de colocar em prática o projeto. Após o período crítico da Pandemia, pretende juntamente com sua orientadora, apresentar as propostas elaboradas à Prefeitura Municipal de Bauru.


Link deste artigo: https://unisagrado.edu.br/site/conteudo/11263-egressa-de-arquitetura-e-urbanismo-propoe-mu.html?p=8024
Tags: UNISAGRADO, Arquitetura e Urbanismo, Egressa, Bauru, Avenida Nuno de Assis


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