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Terceiro e último dia do SILE aborda a história de Madre Clélia Merloni e a Base Nacional Comum Curricular

Durante o encerramento, os presentes foram surpreendidos com a premiação dos três melhores trabalhos de pesquisa apresentados no evento

19/05/2018

A Universidade do Sagrado Coração (USC) e a Sagrado – Rede de Educação realizaram o terceiro e último dia do 6º Simpósio Internacional de Linguagens Educativas (SILE) no sábado (19). Com a temática “Diálogos sobre o Cotidiano Escolar – Teoria e Prática na Perspectiva da BNCC”, o evento contou com palestras que abordaram a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a história de Madre Clélia Merloni. No encerramento, os três melhores trabalhos de pesquisa apresentados em comunicações orais e pôsteres foram premiados com certificado de honra ao mérito.

Na palestra “Clélia Merloni: diálogos sobre um itinerário de santidade”, a Prof.ª Dra. Irmã Jacinta Turolo Garcia, Apóstola do Sagrado Coração de Jesus, ao relatar traços da história da fundadora do Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus (IASCJ), enfocou a importância dos estudos históricos para que “possamos oferecer às novas gerações a possibilidade de olhar o passado para colher a seiva vital do futuro”. Ao contar a história de Madre Clélia Merloni em paralelo sobre a importância do estudo histórico e a formação da verdadeira consciência histórica crítica, Garcia enfatizou a relevância da aquisição de uma memória tratando “o passado como a semente do futuro. Temos que dar testemunho de que aplicamos, para nós, o mesmo pensamento crítico, reflexivo e que vivenciamos os valores que anunciamos”. No encerramento de sua palestra, a educadora fez questão de deixar um recado e dica sobre a missão de cada educador nos tempos atuais. “O educador tem que encontrar a força de ser amado pelo outro. Ensinar sem amor é ilusão. Ninguém aceita ser ensinado em sentir-se querido”, disse.

A Prof.ª Dra. Debora Cristina Jeffrey, professora livre-docente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), encerrou o evento com a palestra “A Base Nacional Comum Curricular (BNCC): reflexões políticas e pedagógicas” e abordou as diretrizes da normativa, assim como propôs reflexões e críticas, sendo que em uma delas disse que “temos projetos de educação extremamente ambiciosos, mas a base almeja muito pouco da questão do domínio pragmático e das linguagens. O meio educacional da Base acaba focando apenas no conhecimento tradicional e deixa muito claro que ao invés de aquisição do conhecimento temos troca de saberes”. Também enfatizou que a BNCC trata da aprendizagem e não do ensino, assim como apresentou os desafios da escola e dos conteúdos pedagógicos frente às mudanças ao tratar do currículo oculto, da cultura escolar e do projeto pedagógico. “Então isso reforça o papel do professor em fazer acontecer”, finalizou.

Em um dos momentos mais esperados pelo público que apresentou suas pesquisas no evento em forma de comunicação oral e apresentação de pôster, os três melhores trabalhos foram premiados com certificado de honra ao mérito. São eles:

1º lugar – “Uma história das mulheres: a abordagem dos livros didáticos e o uso das fontes imagéticas na ampliação do saber acerca da figura feminina” – Laís Prestes Redondo e Gabriela Isbaes.
2º lugar – “Emancipação literária: o valor da literatura de massa e seu papel na formação de leitores” – Bruna Camargo da Silva e Rosilene Frederico Rocha Bombini.
3º lugar – “Imagens e trovas na investigação do passado: o uso de metodologias diversificadas no ensino de história buscando a compreensão do presente exercitando a cidadania” – Luciane Maria Fernandes Pereira.