A Clínica de Fisioterapia do UNISAGRADO está desempenhando um papel essencial na vida de duas pacientes que passaram por amputações e receberam próteses ortopédicas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Por meio de uma parceria estabelecida com o Instituto, o curso de Fisioterapia tem se empenhado em oferecer suporte, acompanhamento e reabilitação para que essas pacientes possam recuperar sua independência funcional e qualidade de vida.

Duas histórias inspiradoras, a de Bruna Dantas de Sousa e a de Cristiane Fernanda Ribeiro, destacam a importância desse programa de reabilitação. Bruna, de 33 anos, e Cristiane, de 30 anos, começaram seu processo de reabilitação em conjunto com o UNISAGRADO no início do ano.

Recuperando a independência

Receber a notícia de que seriam beneficiadas com próteses ortopédicas trouxe muitas expectativas para as pacientes. Bruna conta que, embora ansiosa, essa era uma oportunidade aguardada há anos e que a prótese representa um passo significativo em direção à melhora de sua condição. “Vou parar de ter dor frequentemente no meu braço e será uma independência na minha vida. Quero começar uma nova etapa na minha vida e arrumar um emprego”, destaca.

Já Cristiane, ressalta a liberdade que a prótese proporcionará em seu cotidiano, representando mais do que uma nova mobilidade, mas a oportunidade de retomar a sua rotina. “Com a prótese é diferente, temos mais liberdade do que com a muleta, que deixa a vida fica um pouco limitada. Quero voltar a trabalhar, caminhar, passear, fazer tudo sozinha. Ter uma vida mais ativa, voltar a fazer tudo de novo”, afirma a paciente.

O processo de reabilitação das pacientes envolve etapas cuidadosamente definidas. No caso da Bruna e da Cristiane, que passaram por amputações transfemorais, a jornada começa com o aprendizado de controlar o joelho da prótese. “Então primeiro a gente ensina a ficar de pé, depois a sentar e levantar, dar alguns passos com o andador, até que chega um momento que a paciente consiga andar de forma independente”, pontua a Profª Dra. Nise Ribeiro Marques.

Parceria transformadora

Por trás desse projeto está o coordenador do curso de Fisioterapia do UNISAGRADO, Prof. Dr. Carlos Henrique Fachin Bortoluci que mediou a parceria e a Profª Dra. Nise Ribeiro Marques, responsável por acompanhar a reabilitação das pacientes. Esta parceria, que já havia ocorrido antes da pandemia, ganhou força quando a necessidade de oferecer um suporte mais completo aos pacientes se tornou evidente. Assim, a Clínica de Fisioterapia abraçou esse desafio, recebendo os pacientes do INSS no câmpus do UNISAGRADO para um cuidadoso processo de reabilitação e acompanhamento.

Para a docente, é muito satisfatório trabalhar com pacientes que estão fazendo a recuperação ou a reabilitação pós recebimento da prótese. "Nós vemos uma evolução muito grande do paciente ao longo do tempo, nós vemos o quanto isso muda a vida do paciente no dia a dia e até nas relações familiares. Tem pacientes que tem vontade de pegar o filho no colo novamente, tem paciente que conseguem retornar ao trabalho... Então é um trabalho muito satisfatório ver essa evolução deles”, pontua Nise.

Antes e após a protetização

Sobre o percurso antes da protetização, Nise ressalta que é um dos momentos mais importantes para os pacientes, momento este que a fisioterapia é indispensável. “É nesse momento que prevenimos deformidades, o encurtamento do músculo, e é quando ganha força muscular. Por isso, nós temos alguns marcos dentro de um protocolo de reabilitação, o que a gente precisa ganhar com o paciente, porque o processo de receber a prótese e caminhar, não é instantâneo”, conta a docente.

Já na adaptação, é um processo que facilita a aquisição de habilidades e de independência no dia a dia para o paciente. “Porque faz com que ele recupere a confiança nas atividades que ele realiza no dia a dia. Uma prótese coloca novamente a pessoa em uma questão de segurança e de eficiência e faz com que recupere a independência funcional para executar as tarefas diárias sem nenhum auxílio”, destaca Marques.

Bruna e Cristiane já notaram evoluções significativas em poucos meses de acompanhamento, incluindo a redução de dores e o aprimoramento de habilidades motoras. “Em menos de cinco meses, eu tive uma evolução muito boa, e parei de ter algumas dores. E agora eu quero voltar a andar cada vez melhor por meio de cada fisioterapia que faço”, finaliza Bruna.