As estudantes do UNISAGRADO, Amanda Lopes Arante do curso de Educação Física, Maria Izabel Droppa José (nome artístico Bel Droppa) e Rafaella Pereira de Faria do curso de Artes, desenvolveram e realizaram a cena de dança contemporânea "Antes de Mergulhar" que foi aprovada no Festival Viva a Cultura do Fundo Especial de Promoção das Atividades Culturais (FEPAC) da Secretaria de Cultura de Bauru. A coreografia foi criada com inspiração em poesias selecionadas do livro "Há um mar no fundo de cada sonho" de Ramon Nunes Melo.

Lopes esclarece que as três já haviam se encontrado em outros momentos, nos quais puderam conhecer um pouco do trabalho uma da outra e, em um desses encontros, a ideia de criar uma cena de dança a partir de poesias surgiu. "'Antes de mergulhar' nasceu de laboratórios, movimentos criados a partir de leituras, sons e imagens. Eu, Bel e Rafa, já tínhamos nos encontrado em outras andanças e decidimos nos unir. Começamos a sentir por estímulos de memória, sons, leituras e, assim, foram nascendo as partituras de movimentos.", declara.

O processo de construção da cena envolveu exercícios, muitas conversas, discussões e experimentação para chegar ao resultado final. "A Bel Droppa, nossa coreógrafa e diretora, é uma excelente artista, criadora e falicitadora da dança, ela nos guiou por meio de laboratórios, que são exercícios experimentais que te ajudam a mergulhar dentro do processo de criação de algum trabalho. E ficamos alguns dias dissecando o poema e experimentando traduzir as palavras escritas, da maneira que cada uma soube interpretar, em sentimentos e movimentos.", relata Faria. Para a estudante, a graduação em Artes agregou conhecimentos que contribuíram para a criação e realização deste trabalho. "Estar cursando Artes no UNISAGRADO ampliou nossa maneira de trabalhar com a dança.", conta.

A experiência de Droppa com o desenvolvimento deste trabalho foi diferente, pois ela foi a responsável pela direção e coreografia. "Olhar atentamente ao que as meninas dançavam, e tentar traduzir em palavras o que eu sentia para que pudesse fazer uma correção amorosa foi um baita exercício.", relata. A vivência da estudante a aproximou mais ainda da área da dança no mundo artístico e a motivou para produções nessa área no futuro. "Participar deste projeto, me mostrou um pouco mais sobre a minha caminhada dentro desta arte. Descobri que eu realmente gosto do processo de 'criar', seja para mim ou para os outros. A partir dessa experiência tenho pensado em fazer mais e mais.", comenta.

As estudantes consideram projetos como o Festival Viva a Cultura da FEPAC muito importantes para incentivar os artistas, pelo reconhecimento consequente da participação e, também, para conhecer o trabalho de outros artistas. "Foi a primeira vez que tive um reconhecimento profissional, assim como todos os artistas que participaram. Trabalhamos, apresentamos e recebemos por isso. Acredito que o Viva a Cultura FEPAC trouxe uma visibilidade para a classe artística da cidade.", pontua Droppa. "Poder ter a oportunidade de ser contemplada por um projeto de Bauru feito para artistas da região é especial! E não somente pelo fato de divulgar o nosso trabalho, de poder pisar num palco novamente depois de meses, de tentar descobrir como apresentar frente às câmeras, sem nenhuma pessoa na plateia, mas, também, por conhecer o trabalho de outros artistas locais, que são incríveis e merecem muito reconhecimento!", comenta Faria.